Total de visualizações de página

quinta-feira, 1 de março de 2012

O relóginho

Para tudo existe um tempo. Sempre ouvi essa frase, no entanto eu descobri na marra o quanto é difícil vivê-la.


Quando eu tinha quinze anos comecei a participar da igreja, eu gostava muito de tudo que a igreja podia me oferecer. Fiz grandes amigos e me entreguei de corpo e alma á tudo que era preciso. Fazia parte de várias pastorais e movimentos. Estava presente em todos os eventos, reuniões, trabalhando e participando de tudo. Depois das missas ficávamos na frente da igreja conversando, brincando ou então dentro da igreja orando. Vivi a fé de uma forma linda tive o meu primeiro encontro com Jesus aos 15 anos de idade, idade essa em que a maioria das meninas pensam em festas, roupas, maquiagem, cabelo... eu só pensava em ir para igreja e servir com toda a minha vida. Por um lado é muito bom gastar o tempo e a energia ajudando o próximo e a igreja e a maioria das mães ficariam mais tranqüilas sabendo que suas filhas estão na igreja e não na baladas da vida e etc., porém tudo em excesso faz mal e até a igreja em excesso faz mal, não digo que a fé em excesso é prejudicial, pelo contrário é uma poderosa fonte de vida, mas eu estava cega diante de tantas coisas maravilhosas que eu vivia dentro da igreja. Para mim já não existia dia das mães, dia dos Pais, Natal, Ano novo... tudo eu passava na igreja e a minha paróquia oferecia um porção de eventos em todas as datas festivas. Eu ficava de manhã até a noite na igreja, só passava em casa pra comer e dormir. Foi ai que aprendi a minha primeira e grande lição de vida ensinada pela minha mãe. Chama-se:

O relóginho.

Minha mãe percebeu que o meu gostar estava virando uma obsessão e que nada mais fora a igreja habitava a minha mente, então me ensinou a seguinte lição:

“ Olhe para o relógio e veja que em volta dos ponteiros existem vários números de 1 a 12. Veja que os ponteiros passam por todos os números e não pulam nenhum. Assim é a nossa vida, imagine que cada número seja uma parte da sua vida, 1 seja Deus, 2 família, 3 emprego, 4 estudos, 5 amigos, 6 namorado e etc.. nós somos os ponteiros e devemos passar por todos os números sem deixar nenhum de fora. As vezes o ponteiro pára em um número e lá fica, daí agente sabe que está na hora de recarregar as pilhas. Na nossa vida também é necessário recarregar as pilhas da fé e do amor para poder trabalhar bem sem deixar nada de fora, dando a atenção necessária à todos os números”.

Esta é uma lição preciosa que aprendi com a minha mãe, depois desta história abri os olhos e percebi quantos momentos bons havia deixado de passar com a minha família por conta da minha obsessão. Aprendi que participar da igreja é algo muito bom, desde que eu não deixe minha família de lado e não pule mais nenhum número do meu relóginho da vida. Talvez você esteja a muito tempo parado em um número do seu relóginho, pode ser no emprego ou nos amigos, talvez no namoro ou nas festas e baladas, enfim se você se encontrar em alguma dessas situações é porque está na hora de recarregar suas pilhas da fé e do amor e começar a trabalhar direitinho.

* Essa história é da Daiane e da mãe dela a Dinha (rs), porém acredito que muitos jovens se identificaram com ela, inclusive eu! Ame a Deus acima de tudo! Tenha fé! Mas, aprenda que sua família é importante, ela é um presente de Deus, cuide bem dele!

2 comentários:

  1. Que surpresa maravilhosa Thata!!! Obrigada... O relóginho que já fazia parte da minha família agora poderá fazer parte da vida de muitas pessoas. Que Deus te abençoe e lhe conceda a criatividade de evangelizar com o coração!!! Bjus #Dai e Dinha#

    ResponderExcluir
  2. Aaah, eu te avisei q ia postar! rsrsrs realmente, O Relóginho é uma das histórias mais lindas que ja li! Que Deus abençoe a todos nós! Bjsss

    ResponderExcluir